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domingo, 10 de julho de 2011

Falso cirurgião que atuou 10 anos em Pernambuco vai responder em liberdade.

 
O falso médico que atuou como cirurgião durante 10 anos em Pernambuco vai responder em liberdade ao processo por exercício ilegal da medicina e falsidade ideológica. A informação é do site pe360graus. Leonardo de Moura Cintra se apresentou à polícia nesta sexta-feira, acompanhado por um advogado, e prestou depoimento. As penas variam de um a cinco anos de prisão. Leonardo explicou que cursou Medicina, mas não conseguiu concluir o curso. 
- No final da faculdade, ele perdeu uma disciplina de pneumologia, que era pré-requisito para o internato, mas conseguiu uma liminar para fazer o internato. Depois disso, conseguiu fazer a residência, mas não conseguiu concluir essa disciplina com êxito. Isso resultou na não-formatura dele no curso. Como já tinha conseguido se matricular na residência, ele se formou na especialidade de cirurgia geral em residência, mas não conseguiu o diploma de médico. Então, pegou um diploma de terceiro, colocou os dados dele e conseguiu apresentar para ser contratado pelo Governo do Estado, com esse diploma falsificado e um CRM que ele escolheu aleatoriamente - explicou o delegado Dário Sá Leitão.
O falso médico operou no Hospital Regional do Agreste, em Caruaru, por 10 anos, e em uma clínica particular de Olinda, a Prontolinda. Registros mostram ainda que ele chegou a ser chefe do setor de emergência do hospital.
A fraude foi descoberta depois que Leonardo emitiu um atestado para um paciente que tinha se submetido a uma cirurgia na Prontolinda, no Grande Recife. O documento foi conferido pela empresa em que o paciente trabalhava e o nome do médico não batia com o número do registro no Conselho Regional de Medicina (Cremepe).
De acordo com José Bezerra, diretor do Hospital Regional do Agreste, Leonardo foi nomeado para o HRA após uma seleção simplificada na Secretaria Estadual de Saúde.
- Em 2004, em nova seleção, ele foi aprovado e também nomeado. É tanto que ele tinha duas matrículas aqui como profissional médico. Nós tivemos que atualizar o cadastro de todos os nossos profissionais e aí, quando digitamos o CRM dele, foi identificado que era de uma médica - explicou.

 
O Globo
Redação

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