- No final da faculdade, ele perdeu uma disciplina de pneumologia, que era pré-requisito para o internato, mas conseguiu uma liminar para fazer o internato. Depois disso, conseguiu fazer a residência, mas não conseguiu concluir essa disciplina com êxito. Isso resultou na não-formatura dele no curso. Como já tinha conseguido se matricular na residência, ele se formou na especialidade de cirurgia geral em residência, mas não conseguiu o diploma de médico. Então, pegou um diploma de terceiro, colocou os dados dele e conseguiu apresentar para ser contratado pelo Governo do Estado, com esse diploma falsificado e um CRM que ele escolheu aleatoriamente - explicou o delegado Dário Sá Leitão.
O falso médico operou no Hospital Regional do Agreste, em Caruaru, por 10 anos, e em uma clínica particular de Olinda, a Prontolinda. Registros mostram ainda que ele chegou a ser chefe do setor de emergência do hospital.
A fraude foi descoberta depois que Leonardo emitiu um atestado para um paciente que tinha se submetido a uma cirurgia na Prontolinda, no Grande Recife. O documento foi conferido pela empresa em que o paciente trabalhava e o nome do médico não batia com o número do registro no Conselho Regional de Medicina (Cremepe).
De acordo com José Bezerra, diretor do Hospital Regional do Agreste, Leonardo foi nomeado para o HRA após uma seleção simplificada na Secretaria Estadual de Saúde.
- Em 2004, em nova seleção, ele foi aprovado e também nomeado. É tanto que ele tinha duas matrículas aqui como profissional médico. Nós tivemos que atualizar o cadastro de todos os nossos profissionais e aí, quando digitamos o CRM dele, foi identificado que era de uma médica - explicou.
O Globo
Redação
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